quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Wagner - Chereau- Boulez



Uma grande produção...
Um vídeo excelente!

Jonas Kaufmann vai cantar Siegmund


Jonas Kaufmann prepara-se para fazer Siegmund no Met. Notícias no New York Times, já datam de Junho 2010 mas, mesmo assim, vale a pena ler o artigo intitulado Scaling Wagnerian Mountaintops, de ANTHONY TOMMASINI
Sigam o link:


http://www.nytimes.com/2010/06/06/arts/music/06jonas.html

Wagner segundo Alex Ross

O New Yorker publicou em finais dos anos 90 este interessante artigo dedicado ao mestre. O autor do artigo foi Alex Ross.
Sigam o link:
http://www.therestisnoise.com/2004/05/wagner.html

Wagner e Terence Malick


The New World é um filme de 2005 dirigido por Terence Malick. A abertura usa o início de Rheingold num belíssimo momento de cinema.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Wagner - Die Walküre - Fort denn eile - W. Meier, N. Stemme. La Scala, B...


Aqui um pedaço com Nina Stemme ( Brünhilde) e Sieglinde ( Waltraud Meier)
A Valquíria, Milão, Dezembro 2010.

Wagner - La Walkyria - Meier y O'Neill . Barenboim 2010


A Valquíria em Milão, Dezembro 2010, direcção de Barenboim ... com Waltraud Meier ( Sieglinde) Simon O'Neill ( Siegmund)...

Wagner . La Walkyria . Final . Vitalij Kowaljow - Barenboim 2010


Outro momento extraordinário de A Valquíria em Milão em dezembro de 2010. Mais tarde, se tiver um tempinho, farei alguns comentários adicionais...

Wagner . La Walkyria . La Scala . Barenboim 2010


Imagens recentíssimas, da transmissão em directo da A Valquíria, do Teatro Alla Scala. Tem dois dias...

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

A Valquíria em Milão - 7 de Dezembro 2010

Die Walküre in Milan and in cinemas worldwide


Daniel Barenboim will conduct the season opener at the Teatro alla Scala on December 7th, a premiere of Guy Cassier's production of Die Walküre in continuation of the theater's cooperation with the German State Opera in Berlin. The cast includes Wagner greats like Waltraud Meier, Simon O'Neill, John Tomlinson and Nina Stemme. This year's opening night in Milan will be broadcast in cinemas throughout Europe, the United States, and Canada.

http://www.danielbarenboim.com/index.php?id=14&tx_ttnews[tt_news]=468&tx_ttnews[backPid]=10&cHash=146cacc2fa

A Valquíria, ilustração de Arthur Rachkam, início do século XX

Festival da Páscoa, Berlim, 2011

Um festival a que eu gostaria muito de assistir é o Festival da Páscoa de Berlim. Wagner vai estar em destaque na próxima Páscoa. Para quem puder ir...
Um dos títulos em destaque será precisamente A Valquiria, com a  Staatskapelle de Berlim e ...  Daniel Barenboim, alma do Festival alemão desde a sua fundação em 1996.
Os principais solistas serão:  René Pape, Simon ONeill e Iréne Theorin.

Quem quer ir a Berlim?

domingo, 5 de dezembro de 2010

DeMille e Arnold Friberg

Esboço de Arnold Friberg (1913-2010)  para a cena da sarça ardente. Os Dez Mandamentos, Cecil B. DeMille

sábado, 4 de dezembro de 2010

Die Walküre: Winterstürme - Peter Hoffmann



Efeméride: no dia 29 de Novembro morreu Peter Hoffmann. Parece que ninguém ligou ao assunto...
Aqui fica a lembrança...Bayreuth 1976, gravado em 1980. Jeannine Altmeyer  como Sieglinde, Peter Hofmann como Siegmund. Direcção de Pierre Boulez, encenação de Patrice Chéreau.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

De Mille e a religião

 “Let the divine mind flow through your mind, and you will be happier. I have found the greatest power in the world in the power of prayer. There is no shadow of doubt of that. I speak from my own experience.”
                                                                 Cecil B.  DeMille

The Crusades (1935), Cecil B. De Mille
                                                              

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

LEITMOTIV I

Leitmotiv I

Termo alemão (pl. Leitmotive) da autoria de Hans von Wolzogen (1848‑1938) e que em português poderá traduzir‑se por “motivo condutor”. Utiliza‑se para fazer referência a todos aqueles motivos recorrentes que, no seio de uma narrativa, se encontram intimamente associados a determinadas personagens, objectos, situações ou conceitos abstractos.




Von Wolzogen, fundador e primeiro redactor‑chefe das Bayreuther Blätter, foi um dos críticos musicais responsáveis, a par de Bernhard Försters (1843-1889), pela emergência do culto wagneriano. O termo tem sido frequentemente empregue em substituição de um outro cunhado por Richard Wagner, o Grundtheme ou Grundmotiv (tema ou motivo‑chave), sobre o qual o compositor discorreu em Oper und Drama— documento datado de 1852, escrito em pleno exílio, e onde se esboçam as linhas orientadoras do seu projecto estético para a ópera alemã, nomeadamente no que se refere à concepção da obra de arte total (Gesamtkunstwerk). Esse ensaio antecede, portanto, um dos mais monumentais empreendimentos da história da música que foi o ciclo O Anel dos Nibelungos, cuja composição teria início dois anos depois com O Ouro do Reno e terminaria com O Crepúsculo dos Deuses em 1874.
http://www.edtl.com.pt/index.php?option=com_mtree&task=viewlink&link_id=895&Itemid=2

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Wagner na Casa da Música, 2011

Bravo, Casa da Música!
Na apresentação da programação para 2011, o director artístico da Casa da Música, António Jorge Pacheco, destacou uma grande aposta, e que irá reforçar a projecção internacional da instituição: a apresentação, no fim-de-semana de 16 a 18 de Setembro, da "Ring Saga", a sequência das quatro óperas que constituem o "Anel do Nibelungo", de Richard Wagner - "O Ouro do Reno", "A Valquíria", "Siegfried" e "O Crepúsculo dos Deuses". Trata-se da versão realizada por Jonathan Dove e Graham Vick em Inglaterra, no início dos anos 1990, e que no Porto será interpretada pelo Remix Ensemble com vários solistas convidados. Depois da apresentação no Porto, esta "Ring Saga" será levada a outros palcos europeus, entre a França e o Luxemburgo.

http://www.publico.pt/Cultura/steve-reich-e-os-estados-unidos-na-casa-da-musica_1465137

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Os Dez Mandamentos

No início de Os Dez Mandamentos destaca-se um plano de expressão fortíssima, no uso do laranja e vermelho, no uso das diagonais, na irrealidade assumida da construção da imagem e no seu conteúdo claro: centenas de escravos puxam lentamente cordas presas a uma colossal estátua de um faraó. A escravidão de Israel é o tema de fundo do filme, e constituiu-se como matéria para um imaginário representado na arte europeia, deixando forte impressão em artistas da Catalunha no século XIV, dum mestre flamengo no século XV às ilustrações bíblicas dos reformistas protestantes [1], até ao século XIX onde, por exemplo, em Israel in Egypt, do pintor inglês Sir Edward Pointer (1836-1919), o tema foi representado com características estéticas e recriação de ambientes mais próximos dos que o próprio DeMille procurou reproduzir: somos imediatamente subjugados pela força de uma imagem que que o protagonismo é o das massas que estão sob o chicote. Nada mais é representado para destacar a força da visualidade.  

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Os Maestros de O Anel do Nibelungo em Bayreuth

Lista dos maestros que regeram O Anel sempre que foi apresentado em em Bayreuth, de 1876 a 2008:



1876 Hans Richter
1896 Felix Mottl, Hans Richter, Siegfried Wagner
1897 e 1899 Siegfried Wagner
1901 e 1902 Siegfried Wagner, Hans Richter
1904 Hans Richter, Franz Beidler
1906 Siegfried Wagner, Hans Richter
1908 Hans Richter
1909 Michael Balling
1911 e 1912 Michael Balling, Siegfried Wagner
1914 e 1925 Michael Balling
1927 Franz Von Hoesslin
1928 Franz Von Hoesslin, Siegfried Wagner
1930 e 1931 Karl Elmendorff
1933 Karl Elmendorff, Heinz Tietjen
1934 Karl Elmendorff, Heins Tietjen
1936 Wilhelm Furtwängler, Heinz Tietjen
1937 Wilhelm Furtwängler
1938 e 1939 Heinz Tietjen
1940 Franz Von Hoesslin
1941 Heinz Tietjen
1942 Karl Elmendorff

1951 Herbert Von Karajan, Hans Knappertsbusch
1952 Joseph Keilberth
1953 Joseph Keilberth, Clemens Krauß
1954 e 1955 Joseph Keilberth
1956 Joseph Keilberth, Hans Knappertsbusch
1957, 1958 e 1959 Hans Knappertsbusch
1961, 1962 e 1963 Rudolf Kempe
1964 Berislav Klobucar
1965 Karl Böhm
1966 Karl Böhm, Otmar Suitner
1967 Otmar Suitner
1968 e 1969 Lorin Maazel
1970, 1971, 1972, 1973, 1974 e 1975 Horst Stein
1976, 1977, 1978, 1979 e 1980 Pierre Boulez
1983 Georg Solti
1984, 1985 e 1986 Peter Schneider
1988, 1989, 1990, 1991 e 1992 Daniel Barenboim
1993, 1994, 1995, 1996 e 1997 James Levine
2000 Giuseppe Sinopoli
2001, 2002, 2003 e 2004 Adam Fischer
2006, 2007 e 2008 Christian Thielemann
2009 Christian Thielmann
http://marcosnardon.blogspot.com/search/label/Anel

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

O Ouro do Reno - Metropolitan - 2010

Das Rheingold, encenação de Robert Lepage, Met, 2010

Richard Wagner: Das Rheingold
Wotan: Bryn Terfel; Fricka: Stephanie Blythe; Freia: Wendy Bryn Harmer; Loge: Richard Croft; Erda: Patricia Bardon; Alberich: Eric Owens; Mime: Gerhard Siegel; Fafnir: Hans-Peter König; Fasolt: Franz-Josef Selig; Rhinemaidens: Lisette Oropesa; Jennifer Johnson; Tamara Mumford. Encenação de Robert Lepage. Metropolitan Opera Orchestra dirigida por James Levine.

Além dos comentários em blogues que sigo, e que tenho vindo a citar frequentemente, devo dizer que gostei bastante de seguir os artigos que sairam em revistas norte-americanas sobre esta produção, que vem juntar-se com marca forte à riquíssima história das produções de O Anel do Nibelungo.
Do New York Yimes:
http://artsbeat.blogs.nytimes.com/2010/10/01/the-gods-get-their-bridge-at-rheingold/

ou The Valhala Machine, outro artigo publicado no mesmo jornal, em:
http://www.nytimes.com/2010/09/19/arts/music/19ring.html

No The Washington Post:
http://www.washingtonpost.com/wp-dyn/content/article/2010/10/10/AR2010101003449.html

Em:
http://wagneroperas.blogspot.com/

Em:
http://www.wagneropera.net/Articles/Metropolitan-Opera-Rheingold.htm

Sobre a imortal ópera de Richard Wagner, O Ouro do Reno, apetece-me citar Hölderlin:

Feliz unidade, o Ser, no sentido singular da palavra, está perdido para nós [...].

Dissociámo-nos da natureza, e aquilo que outrora [...] era Uno,
está agora em desacordo consigo,
e domínio e sujeição alternam entre os dois lados.
                                                                           Friedrích Hölderlin

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Werner Herzog e Richard Wagner


Outro interessantíssimo Ouro do Reno... a música serviu de pretexto a Werner Herzog para este Nosferatu impressionante, do ano de 1979.

As ilustrações de Joseph Hofmann

O Ouro do Reno, ilustração e cenografia de Joseph Hofmann(1831-1904) , 1.ª Cena, 1876, Wahfried House

domingo, 10 de outubro de 2010

Wagner e Visconti



Uma obra-prima de homenagem ao rei Bávaro, mas também a Richard Wagner. De Luchino Visconti: Ludwig (1972). Com Trevor Howard (Wagner), Silvana Mangano (Cosima), Mark Burns (Hans Von Bülow)

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

DeMille segundo João Benárd da Costa

A propósito do Rei dos Reis, de Cecil B. de Mille: “Depois, havia milagres, cada um mais aparatoso do que o outro e com mais efeitos especiais. Lembro-me da cara de poucos amigos dos Apóstolos. Depois, só me lembro da Agonia no Horto, do beijo de Judas e do julgamento. A coroa de espinhos, a flagelação, o sangue, os ladrões. O ecrã ficava escuríssimo e milhares de figurantes acompanhavam a subida ao Calvário, e a morte na Cruz…Pouco depois, deram-me um livro (o livro da minha vida) sobre os museus alemães, Berlim, Dresden, Munique. Lá vi o Cristo na Cruz de Rubens, que está na Pinacoteca de Munique e em que o Corpo do Crucificado pende da Cruz tanto quanto nela se ergue, recortado contra um imenso escuro. Associei sempre essa reprodução à imagem final de H.B. arrier no filme de DeMille…se há cineasta rubenisiano ele é Cecil B. DeMille…é o mesmo sangue, ou melhor a mesma carne. Os temas de DeMille são os mesmos de Rubens; o mito, a história, a narureza, a alegoria, a fé”.      JBC, João Benard da Costa

Cecil B. DeMille nas filmagens

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Fanáticos da Ópera: Der Fliegende Holländer – Ópera Paris, Bastille – 24 de Setembro 2010

Este artigo é muito interessante e faz uma divulgação crítica de O Navio Fantasma, na última temporada da ópera no teatro Bastille, em Paris. Sendo um site de wagnerianos, não podia deixar de lhes fazer referência!
Fanáticos da Ópera: Der Fliegende Holländer – Ópera Paris, Bastille – 24 de Setembro 2010

O Glamour de Gloria Swanson



Viram Gloria Swanson em Male and Female (1919), de Cecil B. DeMille? Não sabem o que perderam...
Foi a primeira mulher a filmar com um leão.

Brilhante.
Nos anos 20, com Swanson, DeMille lançou no ecrã um novo tipo de personagem feminina, provocante, que desafiou os códigos comportamentais dominantes da época.... Pouco depois surgiria nos EUA o célebre código Hays destinado a impor limites  de decência na produção artística.

domingo, 3 de outubro de 2010

sábado, 25 de setembro de 2010

Wagner em Leipzig

                          Placa dedicada a Richard Wagner em Leipzig, no lugar de nascimento.

domingo, 19 de setembro de 2010

terça-feira, 14 de setembro de 2010

DeMille e Spielberg


Encontros Imediatos do Terceiro Grau, Steven Spielberg ( 1977)

A percepção de que a magia devia ser a alma do cinema - proposição que Edgar Morin defendeu - tornou-se absolutamente central no último filme de DeMille. Tal como Griffith, DeMille acreditou no poder de ressurreição da História e dos mitos no cinema, e parte do seu cinema cumpriu-se nesse lugar da magia. A mise-en-scène do maravilhoso e do fantástico deve muito a Cecil B. DeMille.S. Spielberg herdou o toque de DeMille. Em Close Encounters of the Third Kind, Spielberg mostrou o que mais lhe interessava: o efeito da magia pura no ecrã. Se DeMille foi o primeiro a perceber claramente o poder dos efeitos visuais como essência do que lhe interessava mostrar em cinema, S. Spielberg foi um dos seus seguidores maiores. DeMille abriu caminho para G. Lucas e para Spielberg. Close Encounters... deve muito a Os Dez Mandamentos.

sábado, 11 de setembro de 2010

A representação da História em Cecil B. DeMille

Cada cromograma de Cecil B. DeMille é uma obra-prima em matéria de recriação... aqui se encontram o príncipe Moisés ( DeMille aceitou os relatos de Filon e de Flávio Josephus, bem como as referências fornecidas por Freud em Moisés e o Monoteísmo) de que Moisés teria sido educado como um príncipe egípcio; vê-se Séti I ( Cedric Hardwick), envergando a Coroa do Alto e Baixo Egipto, e Ramsés II ( Yul Brynner), o jovem herdeiro de Séti I. O guarda roupa foi estudado ao pormenor ( Ver Henry Noerdlinger, Moses in Egypt, 1956). A fotografia é soberba.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Estreia em Bayreuth: A Capitulação, com libreto de R. Wagner

E esta, hem?
Vem direitinha da revista on line Wagnermania

«... Aunque Richard Wagner escribió 13 óperas a lo largo de su vida, dejó otros proyectos de ópera inacabados e, incluso, libretos completos de ópera a los que nunca llegó a poner música. En noviembre de 1870 el músico alemán escribióUna capitulación, con el subtítulo de Comedia al estilo antiguo, catalogada en el corpus wagneriano de obras con el WWV 102.
Parece que Wagner nunca pensó en realizar la composición musical, y tuvo en mente desde un principio a Hans Richter para tal labor. El director de orquesta austrohúngaro, que años después estrenaría El Anillo de Nibelungo en Bayreuth, escribió la música, si bien la composición ha desaparecido, por lo que es probable que Richter se deshiciera de ella.
Siglo y medio después, el joven Paul Leonard Schaeffer ha decidido componer de nuevo música para el libreto de Wagner, y el resultado pudo verse el pasado mes de agosto en Bayreuth, dentro del Festival de Jóvenes Artistas, gestionado al margen del famoso certamen que en la misma ciudad dirige la familia Wagner desde 1876. La dirección escénica de la función corrió a cargo de Georgios Kapoglou, profesor de la academia de música Hanns Eisler de Berlín, y la musical del director italiano Fausto Nardi.
Una capitulación fue escrita por Wagner durante la guerra franco-germana de 1870, y es una parodia de la cultura francesa que tiene como protagonista al escritor francés Víctor Hugo...»

http://www.wagnermania.com/noticias/noticias.asp?id=091001

domingo, 29 de agosto de 2010

A estética de Os Dez Mandamentos


Disse Benárd da Costa : «Argan disse das composições de Rubens o que se pode dizer das de De Mille :« Dinâmicas em espiral, feitas de oblíquas, curvas, órbitas, abismos abertos e massas concentradas em turbilhões. A cor formando torrentes impetuosas que regressam sem cessar (…) DeMille conseguiu, através de uma poética e de uma retórica, reencontrar os valores de Rubens, ele também apreendedor directo de outro momento similar da história das formas. E, talvez por isso, defendeu e revalorizou «imagens» ao serviço de uma dogmática, tentando provocar a piedade e o terror e vendo, como finalidade última delas, a capacidade de persuadir.» (in «Os Filmes da Minha Vida/Os Meus Filmes da Vida»)
Estou inteiramente de acordo.

O encenador Christoph Marthaler: Tristão e Isolda em Bayreuth, 2009

                            Tristão e Isolda, Bayreuth, 2009. ( a produção já é anterior)

As the prelude plays, we see circles of fluorescent light moving slowly in uncertain black space. Are we seeing flights of flying saucers, as in Close Encounters of the Third Kind?
É o início do artigo crítico publicado em Operatoday... vale a pena ler mais sobre estas produções modernaças...

Tristão: Robert Dean Smith; Isolda: Iréne Theorin; Marco: Robert Holl; Kurwenal: Jukka Rasilainen; Melot: Ralf Lukas; Brangäne: Michelle Breedt; Jovem marinheiro: Clemens Bieber; Pastor: Arnold Bezuyen;  Bayreuth Festival Chorus and Orchestra. Peter Schneider, direcção musical. Christoph Marthaler, encenação. Produção de Bayreuth, 2008, 2009.

http://www.operatoday.com/content/2010/08/tristan_und_iso.php

Sobre o encenador Christoph Marthaler, pode ler-se, por exemplo, um artigo interessante publicado no site do Festival d'Avignon 2010, em: http://www.festival-avignon.com/en/Artiste/38

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

terça-feira, 10 de agosto de 2010

LA RING ( Los Angeles RING) - A Valquíria



LA RING - A Valquíria
Direcção: James Conlon.
A produção parece ser polémica...
Vejam em: http://wagneropera.blogspot.com/

Wagner e Renoir

P.A. Renoir (1813-1883) - Retrato de Richard Wagner ( 1882)

Baudelaire e Richard Wagner

Nos anos 60 do século XIX, enquanto a maioria dos parisienses rejeitava as obras de Wagner, Baudelaire
escreveu um artigo intitulado “Richard Wagner et Tannhaüser à Paris”, no qual expressou sua admiração estética pelo compositor alemão, afirmando que «... nenhum músico sobressai como Wagner, ao pintar o espaço e a natureza materiais e espirituais. [...] Ele possui a arte de traduzir, por gradações subtis, tudo o que há de excessivo, de imenso, de ambicioso no homem espiritual e natural. Parece, às vezes, que ao escutar essa música ardente e despótica, encontramos as vertiginosas concepções do ópio pintadas no fundo das trevas, dilaceradas pelos devaneios».
Baudelaire foi dos poucos  na plateia que não vaiou a apresentação da ópera Tannhäuser em Paris, e achou que ela estimulava a imaginação, lançando a mente em um estado de sonho como o que conduzia à clarividência.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Wagner e Cézanne


Paul Cézanne (1839-1906)
The Overture to Tannhauser: The Artist's Mother and Sister (1868). Hermitage Museum in St. Petersburg.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Lohengrin. Bayreuth. 2010.

Lohengrin, Bayreuth, 2010


Em relação à esperada estreia de Lohengrin em Bayreuth 2010, um misto de palmas e assobios foi dispensado à proposta iconoclasta do alemão Hans Neuenfels, de 69 anos, que com o maestro da Letónia Andris Nelsons, 31 anos e actual director artístico da Orquestra Sinfónica de Birmingham, se estreava no palco de Bayreuth.
À frente do elenco de cantores de Lohengrin estava outro estreante no festival, Jonas Kaufmann, 41 anos, e uma vedeta do bel canto na Alemanha, cuja actuação, diz a AFP, teve uma recepção vibrante por parte da plateia, não chegando, contudo, para conquistar a unanimidade no final.
Esta encenação de Lohengrin – em que Hand Neuenfels colocou em palco vários personagens vestidos de ratos brancos correndo dentro de um laboratório asséptico – é a principal aposta do programa deste ano de Bayreuth.
Excerto da notícia que saiu no jornal Público
26.07.2010 - 16:53 Por Sérgio C. Andrade

domingo, 25 de julho de 2010

Wagner em Weimar

Weimar, Alemanha

Em 1849, Richard Wagner fugiu da Alemanha. A sua intervenção revolucionária nas barricadas de Dresden não correu bem e, antes de se exilar, Wagner viveu um curto período em Weimar, onde foi acolhido por Liszt.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

sábado, 10 de julho de 2010

Cecil B. DeMille: The Ten Commandments - Trailer


O vídeo é um trailer original... incontornável, a obra-prima de Cecil B. DeMille e um dos melhores filmes da história do cinema. The Ten Commandments, 1956.

sábado, 3 de julho de 2010

Japão, 1957: Herbert Von Karajan dirigia Richard Wagner



Saão imagens raras. Herbert Von Karajan (1908-1989), que tem algumas das minhas interpretações wagnerianas favoritas, dirige, no Japão, «Os Mestres Cantores de Nuremberga», de Richard Wagner.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

O «Parsifal» de Hans-Jürgen Sybeberg



Parsifal, Hans-Jürgen Syberberg, com: Martin Sperr, Karin Krick, Robert Lloyd, Michael Kutter, Armin Jordan, 1982, 255 min.


Obra hermética por excelência, adaptação de uma obra de R. Wagner, Parsifal assume-se como um filme-ensaio, nas palavras de Sybeberg. A máscara mortuária do compositor ''preside'' à recriação da ópera e o papel de Parsifal é confiado a dois actores, com a surpresa de um ser homem e outro mulher, dobrada pela mesma voz (voz do tenor Rainer Goldberg). Tudo é extraordinário na concepção do filme. Recriando para o cinema uma das mais proeminentes obras de Wagner , tal como em outros filmes seus, Hans-Jürgen Syberberg apropria-se dos mitos e fantasmas da demanda de uma idealizada identidade germânica, ligando o seu olhar sobre a cultura alemã e sobre a obra de Wagner à eterna busca do “Hitler que há em nós”.

terça-feira, 29 de junho de 2010

"Lohengrin" na Ópera de Estado da Baviera


Aqui está a produção do Lohengrin que deixou o público de Munique em suspense com a interpretação de Jonas Kaufmann, cantor em ascensão e que nasceu em Munique. Foi em Julho de 2009. A direcção era de Kent Nagano ( sempre muito bom!) e a encenação de Richard Jones... este ano Kaufmann vai fazer a sua estreia em Bayreuth...

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Cecil B. DeMille: Male and Female (1919), com Gloria Swanson


Male and Female(1919), com Thomas Meighan; Gloria Swanson e Bebe Daniels

The Affairs of Anatol (1921), Gloria Swanson, DeMille


O cinema encontrou a sua maturidade na era pós 1.ª Guerra Mundial. DeMille contribui para a nova arte de forma decisiva com comédias sofisticadas. Esse é o caso de The Affairs of Anatol (1921). Wallace Reid é Anatole Spencer, e Gloria Swanson é a sua sofisticada mulher, e o filme representa o cinema de Cecil B.DeMille na sua forma mais pura.

Cecil B. DeMille: The Plainsman

The Plainsman, com G. Cooper e Jean Arthur

http://www.youtube.com/watch?v=0J3e0s2V2hk&feature=related

Há já um tempo que não publico nada sobre DeMille. Os afazeres têm sido muitos, é mais fácil postar - desportivamente - notícias sobre Wagner, do que sobre DeMille, sobre o qual devo trabalhar mais a sério... mas aqui fica menos de um minuto precioso de The Plainsman (1937), com Gary Cooper, Jean Arthur, James Ellison, Charles Bickford, Helen Burgess. Imperdível, sobre o final da Guerra Civil Norte-Americana, os Cheyennes, Calamity Jane e Buffalo Bill...

Iulustração de O Navio Fantasma

Imagem do final trágico de O Navio Fantasma
Fonte: Jornal Ilustrado de Leipzig (Leipziger Illustrierte Zeitung) 3 Janeiro de 1843. Romantismo extremo expresso na morte de Senta...  Maravilhosas lendas dos Mares do Norte, aqui tratadas a partir de um texto de H. Heine.

domingo, 27 de junho de 2010

Wagner e Veneza II

Palazzo Vendramin - cerca de 1870

O Palazzo Vendramin - residência veneziana de Richard Wagner -  foi construido pelo clã Loredan e transmitido em sucessão aristocrática para o duque de Brunswick, o duque de Mântua, a família Calerghi, a família Grimani, a família Vendramin, a duquesa de Berri (mãe de Henrique V) e o duca della Grazia. Na sua residência veneziana Wagner ouvia os gondoleiros (que lhe inspiraram o lamento da flauta do pastor na abertura do 3.º acto de Tristão e Isolda) e, segundo as fontes, espalhou pelos seus aposentos veludos, tafetás, damascos e cetins, rodeando-se de todo o conforto.

Ver Jan Morris, Veneza, Tinta da China, 2009 ( edição original em 1974)

O Anel do Nibelungo em L.Angeles, Junho 2010

O Ring em Los Angeles, Junho 2010

Direcção musical: James Conlon Encenação: Achim Freyer. Gurada-Roupa: Achim Freyer e Amanda Freyer. Dseign de Luz: Brian Gale e Achim Freyer
Ver artigo que saiu em: http://www.operatoday.com/content/2010/06/der_ring_des_ni.php

terça-feira, 22 de junho de 2010

´Wagner em Bayreuth

O túmulo de Richard Wagner, em Bayreuth

Wagner em Leipzig


                    Casa onde nasceu Richard Wagner, em 22 de Maio de 1813, em Leipzig.

Richard Wagner e Baudelaire


                                                             Richard Wagner em Paris


Charles Baudelaire (1821-1867) não era um músico, embora conhecesse Beethoven e Carl Maria von Weber. A ideia de  obra de arte total  ("Gesamtkunstwerk") mereceu a sua admiração.  Ainda antes de ouvir a música de Wagner, Baudelaire leu revistas e ensaios sobre o compositor alemão e, nos anos 60, escreveu o seu ensaio "Richard Wagner et Tannhäuser à Paris"(1861), e reagiu de forma apaixonada à música de Wagner:  "Music engulfs (possesses) me like the sea". No ensaio reconheceu não ser expecialista em música, mas rende-se a Wagner:
«Aucun musicien n'excelle, comme Wagner, à peindre l'espace et la profondeur, matériels et spirituels…Il possède l'art de traduire, par des gradations subtiles, tout ce qu'il y a d'excessif, d'immense, d'ambitieux, dans l'homme spirituel et naturel. Il semble parfois, en écoutant cette musique ardente et despotique, qu'on retrouve peintes sur le fond des ténèbres, déchiré par la rêverie, les vertigineuses conceptions de l'opium.»
Depois de ouvir três concertos de Wagner em Paris em 1860, escreveu ao compositor:"I had a feeling of pride and joy in understanding, in being possessed, in being overwhelmed, a truly sensual pleasure like that of rising in the air".
Os seus escritos contribuiram decisivamente para o desenvolvimento do wagnerismo nas décadas seguintes.

sábado, 12 de junho de 2010

Ilustradores da obra de Wagner

Brünhilde, ilustração de A, Rackham
Arthur Rackham ((Londres, 19 de setembro de 1867 – Surrey, 6 de setembro de 1939)  - ilustrador inglês

sábado, 5 de junho de 2010

Graham Vick sobre Wagner


O Crepúsculo dos Deuses, S. Carlos, 2009 e foto de Graham Vick

«Fujo dos padrões tradicionais da ópera? Tenho os meus. As pessoas sentem-se desconfortáveis, desafiadas, porque sou muito central no establishment mas ao mesmo tempo contra ele. Quero transcender a ideia de luxo e riqueza que cerca o nome ópera. A arte é prejudicada se for apenas usada como um símbolo de status» Graham Vick., entrevista ao jornal I.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Wagner e Londres

Wagner visitou Londres pela primeira vez em 1855, e as suas performances receberam críticas mistas. Numa delas ( Musical World) lia-se: « We hold that Richard Wagner is not a musician at all.»

Aubrey Beardsley, Isolde

Em 1873 fundou-se um ramo da Universal Wagner Society em Londres. Em 1877, Wagner voltou a Londres. Nos anos 90, o wagnerismo já era uma realidade cultural em Inglaterra. Lembremos Bernard Shaw ou Aubrey Beardsley.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Wagner e Riga




Entre 1837-39, Richard Wagner viveu em Riga.
O Teatro Richard Wagner  foi construido em 1817 por  Christopher Haberland, e recebeu nomes ilustres, como Clara Wieck-Schumann, Hector Berlioz e Anton Rubenstein. Entre 1837-39, Wagner foi director no teatro, e aqui começou a trabalhar em Rienzi. Em 1839, Wagner saiu de Riga e viajou para Londres. Nessa viagem iniciou a composição de O Navio Fantasma.

Imagens de Riga: Rua Richard Wagner e Teatro Richard Wagner

Wagner e Konigsberg

Königsberg, capital da Prússia ( actual Kaliningrad)

Em 1836, Wagner viveu em Konigsberg, onde se casou com Minna Planner.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Wagner e Magdeburg

Magdeburg

Em 1834 ofereceram a Wagner o cargo de regente no teatro de Magdeburgo. Durante a entrevista com o director do teatro, Wagner foi informado de que a sua primeira tarefa seria reger Don Giovanni no Domingo seguinte. Provavelmente não haveria tempo para nenhum ensaio.  Foi a sua estreia retumbante e marca o início da suas funções como director de orquestra.

segunda-feira, 31 de maio de 2010

DeMille e Alma-Tadema

Sir Lawrence Alma-Tadema, The Finding of Moses, 1904

Sir Lawrence Alma-Tadema (nasceu em 1836, Dronrijp, Países Baixos; faleceu em 26 de junho de 1912, em Wiesbaden, na Alemanha; belga com cidadania inglesa) - Várias vezes citado como fonte explícita na obra de Cecil B. DeMille, Alma-Tadema é um caso singular quando nos referimos à representação do mundo antigo. Podemos ficar com uma ideia visual razoável da sua obra em: http://www.artrenewal.org/pages/artist.php?artistid=8

DeMille e Gustave Doré

Gustave Doré (1832-1883), A Praga da Escuridão

Duas referências wagnerianas: Goethe e Schiller

Goethe e Schiller, em Weimar

sábado, 29 de maio de 2010

DeMille: The Greatest Show on Earth

Embora não faça parte do corpus que estou a estudar, este é um dos meus filmes favoritos de Cecil B.DeMille. Nesta obra, o realizador mergulhou no universo circense e introduziu Charlton Heston como Brad Braden, emblemático proprietário dum grande circo ambulante. Cornel Wilde é o Grande Sebastian, um lendário trapezista que rivaliza com Braden pela conquista de Holly (Betty Hutton). Ao lado do trio protagonista contracena uma dupla mais sombria: o palhaço Butons (James Stewart), ex-médico procurado pelo assassinato da mulher, e Klau (Lyle Bettger), um domador de elefantes sádico. Entre a apreensão e euforia, os artistas erguem e reerguem o espectáculo em cada cidade, e a narrativa é esplêndida. O filme recebeu dois óscares, o de melhor argumento e, precisamente, o de melhor filme de 1952.

Wagner e Dresden

Em 2 de Dezembro de 1822 Wagner foi estudar para a Kreuzschule e cantou no Coro de St. Cruz. Aí foi seduzido pelo mundo da ópera. Mais tarde saiu de Dresden, e só voltou no início dos anos 40. Dresden encontra-se indissociavelmente ligada à personalidade de R. Wagner.

Wagner - Biografia


Diz Pacheco Pereira no seu blog ( Abrupto): « Já tinha anotado aqui este livro de Joachim Köhler/Stewart Spencer, Richard Wagner. The Last of the Titans, mas agora, que já o li , insisto porque vale mesmo a pena. A narração da vida de Wagner, entrelaçando os fios da sua permanente agitação interior, mulheres, leituras, ego, política, lugares, com o seu programa estético resulta num quadro que nos dá a respiração wagneriana quase sem fôlego. Vemos as cenas: Wagner, no seu palazzo veneziano, frio, húmido, quase sem dinheiro, sofrendo de um quisto numa perna, tendo acabado de romper com Mathilde Wesendock, lendo Schopenhauer e começando o Tristão e Isolda. Ou a morte de Wagner, que Köhler trata quase sem pormenores, nem drama, com Wagner contorcendo-se subitamente com falta de ar, perante uma aterrorizada criada e depois morrendo diante de Cosima, que o mandou enterrar na parte de trás da casa, onde já estavam enterrados os seus cães, “para o manter sempre debaixo dos seus olhos”.

domingo, 23 de maio de 2010

A «nazificação» de Richard Wagner e do Festival de Bayreuth

Hoje, Domingo, publico aqui um artigo interessantíssmo, de Mário Vieira de Carvalho, de 25/01/1985, que o colega Vítor Santos me enviou, e que é uma breve reflexão sobre o período de «nazificação» da obra de R. Wagner e do Festival de Bayreuth, na época em que o festival foi precisamente dirigido por Siegfried ( filho de Wagner) e Winifried. Obrigada, Vítor!
(Falta confirmar se a referência é tirada do Diário de Lisboa ou do Diário)

sábado, 22 de maio de 2010

DeMille e a História

Os Dez Mandamentos, Cecil B. DeMille, 1956

O olho de DeMille é o da perspectiva artificialis herdada do Renascimento e Barroco. É um olho que traz a carga de uma tradição cultural transportada para o cinema. Para o melhor e para o pior, a América foi a terra onde a real thing foi mais valorizada ( Umberto Eco). Reina a ideia de que pode dar-se a ver os pormenores do passado como nunca ninguém viu, mostrar o more real than reality... . No melhor dos casos, tal concepção mostrou-nos coisas que nunca poderíamos ver e algumas delas estão mesmo no cinema. No pior dos casos, somos presenteados com a maior das traquitanas kitsch em forma de cópia fiel e absoluta, e vendida como sendo mais realista do que a própria realidade, o que também não deixa de ser extraordinário . The real thing, onde «cowboys convivem com faráos e as deusas gregas com gangsters.» A América apresenta-se como a terra onde o iconismo absoluto vingou e se apresentou como uma realidade muito mais do que a outra. É a terra do simulacro e simulação. O cinema de Hollywood reflectiu isto e, deste ponto de vista, o cinema de DeMille foi uma extraordinária máquina de reproduzir e representar o passado (a partir de uma efectiva e comprovada consulta de fontes que o realizador nunca se cansou de sublinhar...) e foi ao encontro de pulsões  essenciais no modo único dos norte-americanos verem o mundo...

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Wagner em Tribschen

Tribschen, perto de Lucerna, Suiça - Casa de Wagner

«A festa de aniversário em Tribschen foi, nesse ano, extraordinariamente bela. Frau Cosima transformara toda a casa num jardim florido, e as quatro meninas, todas vestidas de branco, com grinaldas de rosas no cabelo, estavam colocadas em diferentes locais representando flores vivas. Cosima, com Siegfried no regaço, estava colocada no centro deste cenário. Às oito da manhã,os sons da Huldigungs Marsch chegaram do jardim onde se encontrava uma banda militar de quarenta e cinco figuras, vindas dos quartéis de Lucerna. A própria Frau Cosima dera-lhes instruções sobre o ritmo da música e, ao princípio, Wagner estava tão perturbado que não era capaz de proferir qualquer palavra.»
Nietzsche, Correspondência com Wagner